O apoio de um nutricionista pode evitar transtornos alimentares
O acompanhamento de um profissional foi fundamental para a jornalista Daiana Garbin fazer as pazes com a comida Os principais fatores de risco comportamentais para transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, de acordo com informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar, são dietas inadequadas, preocupações excessivas com o peso e insatisfação com o corpo. Esses comportamentos foram vivenciados pela jornalista Daiana Garbin, que por 22 anos ficou aprisionada às dietas e considerou a comida uma inimiga. “Ao longo da minha vida, fui a vários nutricionistas. A minha relação com a comida virou um caos, pois cortei o açúcar, o carboidrato e a lactose e não tinha mais o que comer”, revela. Há cerca de dois anos e meio, ela notou que a insatisfação profunda com o corpo podia ser um transtorno alimentar. “Quando percebi que perdi o controle sobre minha alimentação, decidi procurar ajuda”, conta. Daiana procurou uma psicóloga e passou por um tratamento multidisciplinar com psiquiatra e nutricionista. Foi diagnosticada com transtorno alimentar não especificado, quando há sinais de anorexia e bulimia. A jornalista tomou remédios para emagrecer dos 16 aos 24 anos e, aos 23, teve depressão. Para não ganhar peso, ela usava métodos compensatórios, como remédios, diuréticos e laxantes, e fazia exercícios físicos em excesso. Ela ainda passou por cirurgias plásticas e procedimentos estéticos invasivos. “Acreditava que, quanto mais magra, melhor”, lembra. A importância do nutricionista para o tratamento Segundo Daiana, o apoio do nutricionista foi fundamental para entender que a relação com a comida e com o corpo não pode ser hostil. “É muito difícil se alimentar sem culpa e perceber que pode, até mesmo, ganhar certo peso, por isso a abordagem nutricional é essencial. Minha nutricionista mudou a minha vida”, comenta. Hoje, a jornalista se sente bem com seu corpo e com a comida. “É necessário entender que a alimentação é para cuidar da nossa saúde e trazer prazer em alguns momentos. Também me permito comer pizza e tomar uma taça de vinho no domingo à noite e ir a um aniversário e comer brigadeiro”, revela. Em outubro deste ano, Daiana lançou seu primeiro livro, Fazendo as pazes com o corpo. Ela também possui o canal Eu Vejo, no YouTube, no qual entrevista especialistas para discutir temas como o padrão irreal de beleza, a autoaceitação e os transtornos alimentares. Texto da edição nº 15 da Revista CRN3, para conferir na íntegra, clique aqui.