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Comissão de Ética responde: fala que discuto

A Comissão de Ética do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS promoveu evento em 21/09 para discutir o Novo Código de Ética e de Conduta do Nutricionista (CEC). O encontro teve o objetivo de esclarecer aos profissionais como se dá a interpretação e a aplicação do novo CEC, e também de abrir um espaço para que os nutricionistas presentes fizessem perguntas sobre a própria atuação à luz do novo código.

A coordenadora da Comissão de Ética e Conselheira do CRN-3, dra. Fabiana Poltronieri, apresentou estudos de caso baseados em questionamentos reais recebidos pelo Setor de Ética. Fabiana é professora universitária, e aproveitou a oportunidade para ouvir a interpretação do público em relação aos principais temas do novo Código de Ética de Conduta, como o atendimento não presencial. Na sequência, a conselheira do CRN-3 demonstrou como a Comissão de Ética analisa cada o caso e qual é o entendimento consagrado pelo CEC.

“É preciso ter uma harmonização da interpretação do código, para que os nutricionistas compreendam o que querem dizer aquele artigos, incisos e capítulos que normatizam a relação do nutricionista com a mídia, com empresas de produtos alimentícios”, explica Fabiana. “O CRN-3 oportunizou que todos os participantes se sentissem parte de uma reunião ampliada da Comissão de Ética, na medida em que foi trazido o questionamento, e todos foram ouvidos na sua interpretação” conclui a conselheira.

A nutricionista Selma de Britto Gonçalves, coordenadora do setor de Ética do CRN-3, explicou os critérios usados para responder um questionamento recebido pelo Conselho sobre atendimento de pacientes em outros países. De acordo com Selma, os nutricionistas podem fazer o acompanhamento dos pacientes à distância, mas em hipótese alguma o diagnóstico nutricional pode ser feito com base em dados antropométricos enviados pelo próprio paciente ou por outro profissional da saúde.

“O profissional pode fazer o acompanhamento à distância, desde que inicialmente tenha havido uma consulta presencial, na qual obrigatoriamente deve ser feita a avaliação do estado nutricional e o diagnóstico nutricional. A partir dessas informações colhidas presencialmente, o profissional pode elaborar a prescrição dietética e confeccionar o plano alimentar, que podem ser enviados de forma digital” esclarece Selma.

Alguns dos temas levantados pelos nutricionistas presentes no encontro foram a relação com as marcas da indústria de alimentos e o contato direto com os representantes comerciais que oferecem amostras de seus produtos. Outro assunto citado pelos inscritos foi a atuação dos nutricionistas em feiras e eventos voltados para apresentação de produtos alimentícios e suplementos com público misto, formado tanto por profissionais da saúde quanto por pessoas leigas.

Participaram do evento as conselheiras dra. Denise Balchiunas Toffoli e dra. Viviani Fontana.